Ministério da Justiça lança campanha de coleta de DNA para identificação de desaparecidos

Coleta do material genético de familiares acontece de 14 a 18 de junho, em todos estados e no DF. Levantamento do governo aponta 57 mil pessoas não localizadas.
Woman scientist preparing samples with blood for researching on modern microscope in laboratory

Por G1 DF

Familiares de pessoas desaparecidas vão poder fornecer material genético para facilitar as buscas e a identificação de parentes perdidos. A medida foi anunciada nesta terça-feira (25) pelo Ministério da Justiça e segurança Pública.

A coleta é voluntária e será realizada entre os dias 14 e 18 de junho em todos os estados e no Distrito Federal. O local de coleta de cada unidade da federação está disponível no site da pasta federal.

Para maior efetividade do cruzamento de dados, a recomendação é que os familiares de primeiro grau se apresentem para a coleta, “seguindo a ordem de preferência: pai e mãe; filhos; irmãos”.

O material coletado será cruzado com o banco de dados de restos mortais de pessoas não identificadas. Já o DNA do desaparecido pode ser extraído de itens de uso pessoal como escova de dentes, escova de cabelo, óculos.

Segundo o Ministério da Justiça, “todo o material recolhido será utilizado com a finalidade exclusiva de identificação de pessoas desaparecidas por intermédio do Banco Nacional de Perfis Genéticos (BNPG)”.

Desaparecidos

Dados do Ministério da Justiça apontam 57 mil boletins de ocorrência de pessoas desaparecidas e não localizadas no país. Nos dois últimos anos 22 mil boletins foram incluídos no sistema.

Atualmente, o Banco Nacional de Perfis Genéticos possui 3.856 restos mortais não identificados e material e material genético de 3.088 familiares de pessoas desaparecidas. Segundo o Ministério da Justiça, a identificação pode ocorrer de duas formas:

  • identificação direta (quando o material é do próprio desaparecido, por exemplo, DNA colhido de algum objeto de uso pessoal como escova de dentes, ou alguma amostra biológica como um dente de leite)
  • por meio de vínculo genético com familiares da pessoa desaparecida que é feito por meio da construção de árvores genealógicas.