Fotógrafo goiano que pegou mala com R$ 30 mil por engano está com Covid-19 e não consegue viajar para fazer a troca

Dinheiro foi depositado na conta do verdadeiro dono, mas os dois ainda vão se encontrar para conversar e destrocar as malas e os pertences pessoais.
Traveling by airplane. Suitcase on baggage claim in airport terminal.

Por G1 GO

O fotógrafo goiano Pedro Augusto Ferreira, de 34 anos, que pegou uma mala com R$ 30 mil por engano ao desembarcar de um voo em Foz do Iguaçu (PR), precisou adiar o encontro com o engenheiro ambiental Gabriel Cordeiro, dono da mala, após contrair Covid-19.

Ele e o engenheiro, que é de Fortaleza (CE), se encontrariam na sexta-feira (21) para destrocar as malas com os pertences pessoais. Porém, na segunda-feira (17), Pedro começou a tossir e decidiu fazer o exame RT-PCR por precaução. O resultado foi positivo.

Desde então, o fotógrafo está isolado em casa e remarcou a viagem para 27 de maio. Como o engenheiro ambiental precisava do dinheiro, ele procurou um banco e fez o depósito.

“Inicialmente, eu tinha contado R$ 25 mil na mala, mas depois encontrei mais um pacote com R$ 5 mil, que totalizou os R$ 30 mil. Apesar de ter feito o depósito para ele, vamos nos encontrar para destrocar as malas. Tem muita roupa minha com ele que preciso pegar”, contou o fotógrafo.

Com a ampliação da vacinação contra a Covid-19 para pessoas com comorbidades, Pedro Augusto se programava ser imunizado em Goiânia, já que tem obesidade como doença preexistente. No entanto, o resultado positivo também adiou a vacinação.

“Estava com tudo pronto para pegar o laudo com meu médico e ir tomar a vacina, mas vou ter que esperar por causa da doença, neste momento. Eu estou bem, com sintomas leves. Apenas tosse e febre de vez em quando. Meu raio-x do tórax deu normal”, relata.

Troca de malas

Os dois estavam em um voo para Foz do Iguaçu em 12 de maio. Pedro foi comprar uma câmera e Gabriel produtos para revender, ambos no Paraguai. Segundo informações da Receita Federal, é legal entrar ou sair do país com o valor e produtos, desde que sejam declarados.

Pedro contou que o voo estava cheio e teve que guardar a bagagem de mão um pouco longe do seu assento no avião. Quando desembarcou, pegou a mala no lugar onde a havia deixado e seguiu para o Paraguai.

Quando finalmente chegou ao hotel, já depois de comprar a câmera que havia programado, ele não conseguiu abrir a mala como de costume. Quando finalmente conseguiu, viu que não era dele e fechou, sem olhar o que tinha dentro, e voltou para Goiânia com a mesma roupa.

O engenheiro ambiental Gabriel Cordeiro relata que também levou um susto ao abrir a mala que achou que era dele, já no hotel em Foz, em 14 de maio. Ele encontrou as roupas e sapatos do Pedro e nada do dinheiro que havia levado para fazer compras.

“Foi um azar do destino. Minha mala é idêntica à dele e estavam uma do lado da outra. […] Quando fui tentar abrir a mala bateu um desespero grande, porque a senha não batia com a minha”, explicou.

Morador de Fortaleza, ele disse que recebeu uma ligação do Pedro depois e ficou aliviado em saber que iria receber dinheiro de volta.